23.4.05

Ao Meu Amigo Maior

Desculpe a burrice dessa sua amiga menor, que além de ser uma anta, não sabe raciocinar sob pressão. É que ontem meu filho estava "me expulsando" do computador justo na hora em que você entrou. Quando li seu post nessas condições, tive uma “leve impressão” , “quase imperceptível” de alguma semelhança entre o meu desabafo no blog e seu texto “A Posição do Poeta”, o que só veio confirmar meu temor de que quando você lesse EXPECTATIVAS, pudesse ficar decepcionado com a falta de maturidade dessa amiga menor. Mas, assim mesmo, postei o texto e resolvi correr todos os riscos, inclusive o de você me deixar falando sozinha, como a me dizer: o que você pensa que está fazendo? Eu mal a conheço e você já vem com essa de se decepcionar pelo faço ou deixo de fazer? Quem é você para se arvorar de juízo da humanidade e sair ditando suas normas para quem nem ao menos lhe pediu opinião? Pois é.... E não sou, nem quero mesmo ser essa coisa de consciência do mundo!
O que acontece é que o meu blog, ao contrário do seu, não tem nenhuma pretensão literária. Ele funciona para mim como um diário de emoções onde exponho fatos que mexeram comigo e que me ensinaram algo e me fizeram perceber coisas em mim que preciso mudar e lições a serem aprendidas. Foi justamente isso que procurei contar em EXPECTATIVAS. O modo incorreto como nos relacionamos com as pessoas, criando expectativas que são nossas e achando que é mais do que justo que todos se guiem por elas. Dessa forma é bem previsível esbarrar com a decepção na primeira esquina dobrada e sair de cara quebrada e coração partido. Foi por isso que escrevi o texto: para que eu me conscientizasse do que estava se passando em meu nível emocional de consciência e procurasse não mais cometer o mesmo erro. Para que eu pudesse aprender a me aceitar e, dessa forma, aceitar a todos de braços abertos, sem expectativas e exigências descabidas. Não sei se essa cara quebrada foi suficiente para que a lição fosse aprendida e eu possa, então, virar essa página em busca da próxima! Mas sei que desejo de coração não magoar um amigo tão querido e poeta tão inspirado que me fez descobrir que há pessoas de bom coração e papo interessante nesse mundo virtual. E que, a partir dessa descoberta, deixei cair grande parte das minhas resistências em fazer amigos os quais não pudesse olhar nos olhos e sentir de perto o calor do coração. Passei a abrir meu coração para esses contatos virtuais que descobri poderem ser também aconchegantes e importantes para o meu crescimento como pessoa. Foi você meu caro Poeta quem desbravou e abriu a primeira trilha desse que agora já um caminho por onde trafegam emoções as mais variadas mas, sobretudo, onde sinto presente um desejo sincero de fazer desse nosso mundo um lugar de amigos que realmente se importam uns com os outros e que desejam, mesmo à distancia, a felicidade e o sucesso dos que estão do outro lado da telinha . Obrigada por ser esse cara legal, amigo e desbravador de minha jornada virtual.

Beijo no seu coração de poeta!

21.4.05

Ah...O Amor...


Um dia você descobre que viveu tantos anos e nada sabe sobre ele. Descobre que viver, é cursar uma faculdade da qual não teremos diploma, não sairemos graduados. Descobre que quando nos apaixonamos, emburrecemos, perdemos nossa capacidade de raciocinar, abandonamos amigos, projetos, tudo em função do “amor”.
Mas será isso realmente ”amor”? Embora esteja estudando comportamentos em relação ao assunto nos últimos anos (sim, porque não me apaixonei por nenhuma pessoa, apaixonei-me pela vida), não compreendo alguém citar estes comportamentos provenientes do “estar amando”.
Estou aprendendo que nada disso pode ser tratado por “amor”. Sim, porque para mim o “amor” não é cego. A paixão sim, é que desnorteia, desequilibra e cega. O “amor” é livre, não é prisão. Quem ”ama”, de fato, não prende nem limita o ser amado. Costumo dizer que “quem ama dá rédeas”, deixa voar, incentiva o outro ‘a crescer.
Não posso conceber a palavra “amor” dessa maneira, com atitudes que castram, violentam o ser “amado”.
Quem se permite ser violentado, perde o brilho próprio, o sentido do “eu”, a carteira de identidade, o sentido do “ser”, tudo em função de “ter” o outro.
Isso tudo faz com que se torne “nada” e, ao final do “amor”, descubra que nada teve, que nem “amou”, nem foi “amado” – usou e foi usado numa situação que, com certeza, não era “AMOR”...

É o que penso hoje..

Aparecida Sardinha
Col/01/04/2005.

12.4.05

EXPECTATIVAS


Quando menos esperamos vem a vida e nos prega uma peça. E foi o que aconteceu comigo. Achava que já estava imune a esse tipo de emoção e aí peguei uma bem na testa, como dizem meus filhos. Eu me considero careta em relação a muitas coisas que a média geral aceita numa boa e confesso que não gostaria de mudar com relação a coisas como respeito e lealdade num relacionamento, seja ele qual for. Sempre achei que esse modo de pensar e agir deve ser o mais correto e procurei me guiar por ele em todas as áreas de minha vida. É claro que me decepcionei inúmeras vezes por querer que as pessoas com as quais me relaciono, também tivessem como delas a minha filosofia de vida. Hoje já compreendo perfeitamente que isso seja impossível e que colocar expectativas é sinônimo de decepção e sofrimento. Por isso achava que não teria que passar por mais um desencanto desses. Mas qual não foi a minha surpresa quando vi que tinha idealizado um amigo, apostado nele todas as minhas cartas e, como conseqüência, perdi feio, dei com a cara na parede, e, o que é pior, só me dei conta do que estava sentindo quando alertada por uma amiga.
Na verdade, o que se passa comigo é que, por enquanto, “compreendo perfeitamente” no nível intelectual, faltando agora passar a sentir isso no nível emocional para que não mais queira que as pessoas ajam e pensem como eu, evitando assim, decepção e sofrimento. Compreender apenas no intelecto não nos livra de nos sentirmos traídos pelo comportamento dos que conosco convivem, quando esse comportamento não comunga com o nosso. Compreender no nível emocional, sim. Essa compreensão nos permite aceitar o outro como ele é e amá-lo a despeito dele ser e agir de forma totalmente diferente da nossa. Permite-nos vê-lo como alguém como a gente, com falhas e virtudes, como alguém que está aqui para aprender e se melhorar, para evoluir. Essa compreensão é libertadora pois, a partir do momento que amarmos sem cobranças, ficaremos mais leves pois jogaremos fora as correntes que nos mantêm presos à decepção e ao sofrimento.
Por tudo que tenho vivido e visto ao meu redor, creio que expectativas e idealizações com relação às pessoas com quem convivemos, são as responsáveis pelo fracasso dos relacionamentos de uma forma geral. Sendo assim, precisamos romper essas correntes que nos mantêm cativos à infelicidade e fazer um pacto com a aceitação e o respeito por todos com os quais dividimos essa jornada da vida. Só então, seremos candidatos a uma vida feliz e eleitos para um relacionamento harmonioso e verdadeiro, seja ele qual for.

Liliane Freire

2.4.05

À Minha Mestra


Todas as coisas que acontecem em nossas vidas
têm o valor que o sentimento lhes confere.
Ele, o nosso sentimento, é a medida que dita o quanto
cada evento vai ficar marcado em nosso coração.
É ele que indica a grandeza de cada fato:
se é algo que ficará pouco tempo conosco,
ou se é um “bem” que nos acompanhará ao longo da vida,
seja ele positivo ou negativo.
Se for negativo, será como um estigma que,
se não trabalhado e superado, marcará de forma séria
nosso caminho evolutivo, podendo retardar nosso crescimento.
Se for positivo, será uma bênção que nos alimentará
a alma e nos encherá de alegria,
confiança e estímulo em nosso caminho na estrada da vida.
Ontem eu recebi uma bênção que me acompanhará
de forma bem especial em minha jornada.
Especial, porque veio de alguém que tem desempenhado
um papel muito importante
no meu crescimento pessoal.
Especial, porque veio de uma “verdadeira amiga evolutiva”
que tem ao longo desses muitos anos de amizade,
sido um farol que, com sua luz, me orienta o rumo certo,
me impedindo de naufragar. Especial, também,
porque é um desejo almejado há muito tempo
e que agora veio pelas mãos de minha amiga e,
agora também, Mestra querida!
Sendo assim, só tenho a agradecer à Deus
por esse presente em forma de Reiki,
por essa bênção que de hoje em diante me acompanhará
como um aliado a mais
em minha jornada evolutiva.
Agradecer principalmente por você, Nanda,
Mestra e amiga, estar presente como um presente em minha vida!
Muito obrigada!
Que Deus a abençoe por todo o sempre!
Um beijo em seu coração!

Liliane Freire