11.9.05

De Coração para Coração


Escrever sobre a pessoa amada
não é tarefa das mais fáceis.
As palavras parecem sempre menos
do que os nossos sentimentos.
Ficam devendo em intensidade
e em profundidade.
Parecem não corresponder em beleza
ao que o coração sente,
ao que a alma reflete através do olhar.
Como eu posso, então, expressar aqui
o quanto amo você?
Que palavras encontrarei
que lhe mostrem a grandeza
desse sentimento que tomou conta do meu ser,
que se apossou de meu coração
como a luz se apossa da escuridão?
As palavras nunca poderão lhe falar
da beleza e da importância desse amor
que faz meu coração bater
num ritimo que é só nosso.
No ritimo de nossa paixão.
E se eu não conseguir,
por mais que tente,
traduzir em palavras o meu amor,
você saberá ao ler em meus olhos,
pois eles refletem fielmente
o que vai em minha alma
e o que meu coração sente.

4.9.05

OUVIR A VOZ DO CORAÇÃO




Tanto tempo sem escrever aqui, que nem sei por onde e como começar. Talvez deva escrever sobre o que alguns amigos têm me incitado a fazer ultimamente e que tem me feito pensar muito sobre eu estar preparada ou não para essa tarefa. Afinal, uma coisa é eu derramar nesse micro minhas emoções quando falo, por exemplo do "meu Bruxo-Jardineiro", outra é fazer isso com um objetivo maior e sério. Uma coisa é eu mostrar minhas dificuldades diante dos padrões repetitivos que têm freado minha realização profissional, outra é eu fazer isso em forma de crônicas ou outra forma literária, num livro. Se passo meses sem postar nesse blog como conseguirei me disciplinar a ponto de escrever diariamente e poder produzir material suficiente para editar um livro?
Mas são tantas pessoas dizendo que eu tenho condições e jeito para realizar essa tarefa, que fico até querendo crer que possa tornar isso realidade. A amiga Alita até já escolheu o tema do livro. Ela diz que eu devo escrever sobre o "meu Bruxo-Jardineiro" pela importância que ele exerceu em minha vida e pela fascinante figura que ele foi. Alita, com a pureza e beleza de alma que a caracteriza, diz que essa história tem uma riqueza e beleza que encantará a quem a lê da mesma forma como encantou a ela. Alita é dessas almas bondosas e puras que aparecem em nossas vidas por bênção do Pai do Céu para nos mostrar certas coisas que não conseguíamos ver e que ela com espírito sonhador e romântico enxerga como ninguém. Ela me fez enxergar aspectos de minha amizade com meu Bruxo-Jardineiro que eu não havia percebido, me fez ver o quanto de amor e respeito havia entre eu e ele, o quanto ele se importava comigo e, por esse motivo, nunca me fez derramar nenhuma lágrima que fosse, me acolhendo como a uma filha quando eu necessitava do colo do Pai, me olhando como uma discípula, quando era de conhecimento que eu precisava, me oferecendo o ombro quando era do amigo que sentia falta. O fato é que essas descobertas têm mexido em minhas emoções e revolucionado minha alma.
O que devo fazer então? Ouvir os apelos sonhadores e românticos da alma de Alita? Devo escutar as intuições sempre tão verdadeiras da Nanda me apontando também nessa direção? Ou ainda lembrar de "meu Bruxo-Jardineiro" ao me explicar o motivo pelo qual não havia respondido às minhas cartas dizendo:" Filha, eu nunca poderia responder suas cartas pois sempre ficaria lhe devendo em beleza e emoção , pois você coloca vida em suas palavras quando as escreve e eu só quando falo consigo fazer isso."
Acho que na verdade preciso ouvir todos esses apelos, mas acima de tudo, devo ouvir o apelo de meu coração e descobrir se ele bate mais forte quando penso nessa possibilidade. Preciso então silenciar minha mente tagarela que sempre quer ter a voz da vez e não deixa meu coração falar mais alto e expressar sua vontade e seus anseios maiores. Agora, então, mais do que nunca, é a hora de deixar meu coração expressar livremente o caminho que só ele sabe ser o de minha felicidade.