17.3.05

FLORES OU ESPINHOS


Hoje gostaria que ao escrever minhas palavras fossem como flores que alegram e perfumam a vida de quem as vê ou tocam. Mas longe de serem flores, elas, as minhas palavras ultimamente tão escassas, saem como espinhos que machucam primeiro a mim e, depois, por certo, a quem vier a ler mais cedo ou mais tarde, sem saber que um texto que parecia ser tão inofensivo, poderia conter tanta tristeza! Tristeza e decepção pela minha competência em materializar problemas atrás de problemas na tentativa de continuar na mesma situação. Sempre recriando fatos desfavoráveis e que me impedem de crescer profissionalmente, de ter um rumo, de me firmar com minhas próprias pernas! Tristeza e irritação por enxergar toda essa trama e, ainda assim, não ser capaz de dar um basta e virar esse jogo onde sempre tenho feito gol contra. Gol contra a minha felicidade, gol contra uma vida cheia de realizações e conquistas! Que tática, meu Deus, preciso usar para ter o resultado que desejo conscientemente, mas que o inconsciente com suas crenças e padrões sempre dá um jeitinho de boicotar? Crenças e padrões distorcidos parecem ser os vilões desse enredo que está mais parecendo uma novela mexicana de tanto que a “moçinha” leva a pior!
Só espero não estar tão distante do “final feliz “ . Só espero que realmente exista um “final feliz” e que eu possa escreve-lo e, o mais importante, que eu possa vive-lo com todas as cores que um final feliz sempre pode e deve pintar! Assim, quem sabe, os espinhos que machucam possam se transformar em flores que perfumam e alegram a minha, a sua e a vida de todo esse nosso planeta?! Que um anjo diga amém e que assim seja!
Liliane Freire